Espaço Rasa – dança, música, teatro e saúde

Danças e folguedos do Brasil

 

 

 

  • Danças e folguedos tradicionais do Brasil – O corpo brasileiro

Objetiva trabalhar o movimento expressivo junto às danças de folguedos tradicionais do Brasil e perceber seus reflexos no corpo brasileiro, ontem e hoje. Estudar o movimento de esse indivíduo com formação mista, e sua interrelação com seu micro e macrocosmo.

O movimento quando emana do íntimo, como criação, e incorpora- se às toadas, aos ciclos festivos, ao” brinquedo popular”. Tomando esse “brinquedo” como um espaço oportuno à absorção de leituras e enredos de uma época, lugar, sincretismo, religiosidade, entre tantos outros fatores socioculturais e, possível, compreender o movimento da construção identitária de si mesmo e de nossa diversidade cultural – Corpo-Pessoa.

Estudar o movimento quando emana do coletivo ao indivíduo, e em retorno. Indivíduo que recebe o estímulo ancestral, vivencia e experimenta-se, compreende, apreende, matura, inspira-se e cria, ou recria, transforma … seu movimento, seu gesto, seu passo, seu drama, em sua dança. E em um movimento agora consciente e maturado, lança de volta ao coletivo,  e assim soma ao macrocosmo. Cria-se então uma obra cíclica, dinâmica, coletiva, pensada e concebida junto, em consenso e respeito à individuação de cada um, em um movimento de mão dupla junto ao meio sociocultural em que se (com) vive.

 

Num âmbito mais intimista, o estudo pretende estimular o educando a ampliar sua “visão de futuro”, em respeito a sua “visão de passado” a partir desse mergulho nas suas raízes culturais, alicerces da formação cultural brasileira – Indígena, Européia (Ibérica, Árabe, Indiana…) e Africana. Povo Brasileiro. Corpo Brasileiro. Provocando uma conversa consigo mesmo para compreensão sobre : 1) essa unidade corpo-cultural, em meio a gama de outros corpos estético-culturais; 2) sua afirmação identitária cultural e (re)conhecimento pessoal e interpessoal, e 3) sua individuação cultural, um cidadão em uma cultura de paz e convivente com a diversidade de seu meio-mundo.

 

Objetivos específicos:

1) Promover o desenvolvimento, a consciência e a expressão corporal, a partir do estudo das dançae e folguedos populares do Brasil;

2) Estudar o movimento expressivo através das manifestações e folguedos populares do Brasil;

3) Vivenciar a dança/teatro na contemporaneidade popular brasileira – corpo-dramático, corpo-musical e corpo-compositor;

4) Estimular a pesquisa da cultura popular tradicional do Brasil e a partir das matrizes formativas do povo brasileiro;

5) Valorizar e promover os princípios do saber natural, da sabedoria e do respeito ao ancestral e ao envelhecer.

 

Programação:

Voltados a jovens, adultos, boa idade, artistas profissionais, artistas amadores e/ou pessoas interessadas.

Aulas regulares:

Quartas-feiras, 20h às 22h

Sextas-feiras, 15h às 17h

R$ 70 encontro avulso – R$ 250 mensalidade

 

Inscreva-se aqui !

 

  • Cia Pé no Chão

Dança-teatro-música-meio

Fundada em 2015 e dirigida pela professora Maria Rosa Caldas (Rosinha), a Cia. conta com variados artistas de artes integradas. Juntos, promovemos a troca de saberes diversos ligados às artes e a cultura como um todo interser.

A ideia é estudar e viver via corpo, os diversos versos das artes no meio-mundo e ajudar a si mesmo como indivíduo a cumprir a sua missão como ator ou ator social, junto ao mundo. Visamos ajudar a desenhar o percurso de cada um como uma unidade que visualiza um mundo melhor e a utopia como realidade possível. Atua em duas frentes:

 

I – Estudos de Dramaturgia – Criação e desenvolvimento de projetos autorais a partir da construção e fazer coletivo teatral. Através desse projeto, a Cia. objetiva servir de vetor para transformação cidadã e tenciona com suas “obras” abordar  temas importantes e necessários ao conviver em sociedade.

Sempre com olhar na sabedoria ancestral e pés no futuro, conscientes de a arte como vetor de transformação cidadã, a proposta é desenvolvida com uso de técnicas híbridas de desenvolvimento das artes e técnicas do corpo e da representação.

Propõe a pesquisa e a criação cênica tendo por base os estudos de mitos, de culturas e de tradições diversas, quer seja via movimento expresso, dança, literatura, teatro, canto, musicalidade, artesanato ou mesmo na culinária, na brincadeira, na comunidade, na vida.

Programação:

Núcleo de pesquisa e estudo. Encontros sábados, das 14h às 16h.

 

II – Folguedos e Brinquedos – Proposta de pesquisa e criação a partir das tradições da cultura popular brasileira. Através do estudo formativo do corpo brasileiro, a Cia. visa trabalhar a consciência corporal desse indivíduo híbrido ameríndio-ibérico-afro, e a sua individuação artística via movimento expressivo.

Sempre antenados com novas mídias e formatos de fazer o ontem no hoje, tal como tece a teia da tradição e assim se preserva, porque é sempre o presente, é o agora; seguimos estudando o corpo brasileiro e sua expressividade na música, na toque, na voz, na cena. Sob o olhar intrapessoal, interpessoal, buscamos a devolutiva sociocultural, quer seja pelo eixo pesquisa-ensino-aprendizagem-extensão ou pela promoção e desenvolvimento de produtos culturais.

Programação:

Núcleo de pesquisa e estudo. Ensaios sábados,  16h30 às 18h30.

 

  • Cordel, Poesia e Xilogravura

Propostas de criação literária, produção gráfica e apresentações com foco na  poesia de cordel, nas tradições culturais que lhe permeiam e criam ambiente para sua manutenção. Artistas integrados percorrem o caminho natural da poesia popular e sua cultura da memória  oral para escrita, dos versos de improviso para os de bancada, dos folguedos para os folhetos, dos folhetos para o meio e à memória cultural em retorno!

Maria Rosa é uma multiartista e cordelista,  autora de livretos, poesias musicadas e xilogravuras. Compõe o coletivo Teodoras do Cordel Artevistas do Cordel SP e coordena a Cia. Pé no Chão, quando juntos realizam apresentações recitativas, musicadas, com  uso de  bonecos, efeitos e brinquedos populares, jogos  interativas e  ainda oficinas de criação de cordel e produção de xilogravura para todas as idades.

 

I – Oficina SÍLABAS PÓETICAS – A partir de técnicas e jogos de criatividade, mais estudo da lei máxima do cordel MÉTRICA-RIMA-ORAÇÃO, aprendizes e participantes são estimulados a desenvolver um tema escolhido e a partir de uma métrica selecionada compor e, sequencialmente, declamar seu livreto autoral.

Programação:
Voltados a jovens e adultos, artistas profissionais, artistas amadores e/ou pessoas interessadas.

6h/aula – 3  encontros

II – Oficina Xilogravura Nordestina – Propõe o estuda e criação de arte de entalhe em madeira, via reuso e fontes alternativas sustentáveis para produção de xilogravura, nos moldes do fazer tradicional popular nordestino quanto entalhe, impressão e acabamento. A tematização, composição gráfica e técnicas de corte seguem os padrões dos mestres pernambucanos: Dila, J. Borges, José Costa Leite e seus aprendizes-sucessores.

Programação:

Voltados a jovens e adultos, artistas profissionais, artistas amadores e/ou pessoas interessadas.

6h/aula – 3  encontros

III – Apresentação SÍLABAS PÓETICAS – A multiartista Maria Rosa declama, recita e encena, com musicalidade e irreverência, as formas tradicionais e populares de literatura de cordel através de seus livretos autorais “Tem passo, tem frevo” e “Abaporuando”. O projeto promove o movimento natural do cordel brasileiro: dos folguedos orais para escrita, da musicalidade para as métricas e rimas, do contexto social para a formatação em papel. E do papel impresso, segue seu curso em retorno ao papel social e à sua memória oral. Participação da Cia. Pé no Chão.

Programação:

Público livre.

1h de apresentação

 

  • Ateliê dos Cabocos

Fundamentado no artesanato popular para brincadeiras e festejos, o Ateliê segue as “formas de fazer” aprendidas na vivência com mestres artesãos de bonecos, indumentárias/ figurinos, estandartes, máscaras, cenografias, instrumentos musicais e acessórios diversos usados nas brincadeiras e folguedos populares brasileiros. A exemplo de: mamulengo, cavalo marinho, reisado, pastoril, maracatu de engenho, caboclinhos, cocos, rodas de samba, cirandas, forrós entre outros e principalmente os ítens de feira. Envolve a integração das artes e saberes do artesão nordestino, em que a peça criada para uso no folguedo, ou para o trato social interliga-se com o cotidiano significativo do fazer cultural popular brasileiro.

I – Artigos Exposição e Venda: Brinquedos populares, mamulengos, máscaras de papel machê, maracas.

II – Artigos On Demand: Figurinos, estandartes, cenografias, bonecos de vestir (burrinhas, bois), tamancas de madeira.

III – Oficinas: Máscaras de papel machê – ciclos natalino, junino e carnavalesco (4h), Brinquedos infantis e populares com material de reuso – material reciclável (2h), e Encadernação (18h).

 

Coordenação

 

Maria Rosa Caldas – Educadora sociocultural, pesquisadora e professora danças e folguedos brasileiros, coreógrafa, dançatriz, comunicóloga, designer, gravurista, declamadora e (en) cantadora de cordel.

É oriunda de Pernambuco, em uma mistura de sangue agrestino com corpo e mente cafuzos, onde a mais de 30 anos o universo das artes a levou ao mergulho na pesquisa da cultura popular brasileira. A partir dos estudos dos folguedos regionais, bebeu da fonte de significativas manifestações tradicionais de sua região, atuando com a composição corporal, dança, percussão, letras, canto e capacitações socioculturais em variados grupos de Maracatu (Baque solto e Virado), Afoxés, Frevo, Ciranda, entre outros.

Em São Paulo desde 2006, desenvolveu um sistema de ensino, somando ao seu repertório educativo Freiriano e estudos do Povo Brasileiro (Darcy Ribeiro) os princípios da Pedagogia da Convivência e da Carta da Terra – Carta da Terra-UMAPAZ (2009-2010). Desde então tem atuado em atividades ligadas aos pilares das tradições populares do Brasil, à educação sociocultural, às danças brasileiras, ao teatro popular, à musicalidade e ao âmbito socioambiental junto a variados públicos de interesse e em todos os três setores organizacionais. Nesses com a inserção dos conceitos de inclusão da consciência cultural como um vetor na formação cidadã e promotora do desenvolvimento local para um mundo melhor possível.

Atualmente é professora de Design, Artes e Comunicação, coordena o Núcleo de Danças Brasileiras do Espaço Rasa, é criadora e coordenadora do grupo de estudos e promoção da dramaturgia cultural brasileira,  CIA. PÉ NO CHÃO @ciapenochao e compõe o coletivo TEODORAS DO CORDEL ARTEVISTAS – SP @teodorasdocordelsp.

 

Contato:

11 95218- 2883

ciapenochao@gmail.com

www.facebook.com/ciapenochao

Cia. Pé no Chão @ciapenochao